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Tuesday, December 12, 2006

Cinema: Clube de Combate

"An entire generation pumping gas, waiting tables: slaves with white collars. Advertising has us chasing car and clothes, working jobs we hate so we can buy shit we don't need. We're the middle children of history, man--no purpose or place. We have no great war. No great depression. Our great war's a spiritual war. Our great depression is our lives. We've all been raised on television to believe that one day we'd all be millionaires and movie gods and rock stars . . . but we won't. We're slowly learning that fact and we're very, very pissed off."

Thursday, February 23, 2006

Syriana: Tráfico de influências à Americana

É uma das estreias a não perder. Tive a oportunidade de comentar Syriana no início do mês numa sessão especial/matinal para críticos no NorteShopping. Obrigado Artur pelo convite. Mais recente proposta de Stephen Gaghan agrada à crítica europeia pela forma pseudo-jornalística como aborda uma tema quente: as relações perigosas entre o mundo da política e da economia, tendo o petróleo com moeda de troca. O argumentista de Traffic realiza um filme à Soderberg como o amigo de ambos Clooney em grande plano. Corrupção, crimes sem castigo, lobbies gigantescos a apoiarem golpes de estado no médio-oriente, tendo sempre como motor interesses de exploração de petróleo. Viagem pelo mundo da real politik à americana, num retrato denotativa dos falcões de Bush. Apesar de limitado enquanto proposta cinematográfica, Syriana encontra nos fãs de Soderberg, nos democratas norte-americanos e na esquerda europeia um auditório mais do que convincente. A narrativa semi-jornalística/documental continua a marcar pontos na sétima arte enquanto o "mainstream" audiovisual norte-americano, com CNN à cabeça, insistir em mostrar meias-verdades transformadas em mentiras de corpo inteiro.

Wednesday, February 22, 2006

Fantasporto´ 06

A festa do cinema regressa ao Porto entre os dias 20 de Fevereiro e 5 de Março. Do "quartel-general" no Rivoli com as Secções Oficiais e as Retrospectivas do Cinema Húngaro, do Expressionismo Alemão, de Bill Plymtpon e dos Irmão Shaw, ao Cinema Passos Manuel, onde está sediada a nova Secção do Festival, a "Love Connection", passando pelo Auditório da Biblioteca Almeida Garrett, que acolhe o cinema de Bombaim, sem esquecer os cinemas AMC, no Arrábida Shopping, que projectam alguns dos melhores filmes mais comerciais da edição 06.
O cinema português abre, oficialmente, a 26ª edição do Fantasporto ­Festival Internacional de Cinema do Porto. O primeiro filme português a ter honras de abertura do festival, "Coisa Ruim" de Tiago Guedes e Frederico Serra entra, também, em concurso na Secção Oficial de Cinema Fantástico. Para fechar com "chave de ouro", o Fantasporto 2006 recebe "Fragile". Depois do sucesso de "Los Sin Nombre" (Melhor Realização Fantas 2000) e "Darkness", o realizador espanhol Jaume Balagueró regressa ao cinema de terror. No principal papel do assustador "Fragile" encontramos a actriz Calista "AllyMcBeal" Flockhart.
A Secção Oficial de Cinema Fantástico conta com participações dos mais variados países. Para começar: Portugal. Dois filmes entram emcompetição. O já citado, "Coisa Ruim" de Tiago Guedes e Frederico Serra e "Animal" de Roselyne Bosch, uma co-produção com França e Diogo Infante no principal papel. Depois, um filme sueco de vampiros, leram bem, sueco e de vampiros:"Frostbiten" de Anders Banke. Ainda, o primeiro filme irlandês de zombies, "Dead Meat", de Conor McMahon, o regresso de Ivan Cardoso ao Fantas, "Um Lobisomem na Amazónia" e, entre muitos outros, o canadiano "Saints-Martyrs-des-Damnés" de Robin Auber. A 16ª Semana dos Realizadores do Fantasporto 2006 arrisca-se a ser a melhor de sempre! O vencedor da secção em 2003, Anders Thomas Jensen regressa com "Adam's Apple", o celebrizado realizador escocês, Michael Caton-Jones ("Rob Roy" e "City by the Sea") participa com a sua leitura dos acontecimentos no Ruanda em 1994. Destaque, também, para "Domino", o mais recente filme de Tony Scott, realizador de "True Romance". O Expresso do Oriente volta a ter paragem obrigatória no Fantasporto. A 26ªdo Festival Internacional de Cinema do Porto escolheu algumas das mais acutilantes produções daquela cinematografia para figurarem no cartaz de2006. Este ano, a Secção Oficial Orient Express tem um repetente: Kim KiDuke em dose dupla. Primeiro, "The Bow", selecção oficial "Un CertainRegard",do Festival de Cinema de Cannes 2005. Depois, uma análise amarga da prostituição e das suas consequências em "Samaritan Girl". O realizador volta ao tema, depois de "O Bordel do Lago" (2000). Das Filipinas chega-nosuma mistura de "Memento", "O Sexto Sentido e "The Ring" em "The Echo".Em2004, Takashi Miike realizou "One Missed Call", já apresentado noFantas. Agora, o telemóvel do inferno está de regresso em "One Missed Call 2".
Cinema Português no Fantasporto
O cinema português entra com o pé direito no Fantasporto 2006. Foram tantosos filmes submetidos à 26ª edição que, este ano, o Fantas decidiu alongar as sessões de cinema nacional. Vamos ter quatro sessões cheias de filmes portugueses, isto para não falar das duas longas metragens em competição na Secção Oficial de Cinema Fantástico e já aqui afloradas: "Coisa Ruim" deTiago Guedes e Frederico Serra, e "Animal" de Roselyne Bosch, umaproduçãode António da Cunha Telles com Diogo Infante.De documentários, como "Vez", Martin Dale, jornalista/crítico de cinemada prestigiada revista de cinema "Variety", lança um olhar sobre Arcos deValdevez a filmes de ficção/video musical, como "Shine On" de Rui de Brito. A canção dos Blind Zero "Shine On", do álbum "The Night Before and a New Day" (2005) é o mote para a curta-metragem de Rui de Brito. Não esquecendo objectos estranhos, mas curiosamente interessantes e relevantes como "A Piscina" de Iao Viana, João Viana. Selecção Oficial do FestivalInternacional de Cinema de Veneza 2004. De entre a selecção portuguesa olhar atento para "A Rapariga da Mão Morta". O realizador Alberto Seixas Santos ("O Mal", 1999) deixa por breves instantes as longas-metragens e filma odrama da Rapariga da Mão Morta.
AS RETROSPECTIVAS
Cinema Húngaro. No ano de 2006, comemoram-se os 50 anos da Revolução Húngara que, em1956, desafiou o Poder soviético e acreditou ser possível uma revolta popular tomar o Poder e transformar o país numa democracia. O esmagamento dessa revolta pelos tanques do Pacto de Varsóvia, provou que estavam errados nas suas esperanças. Mas, os seus ideais estavam certos, mesmo se demoraram,ainda, 30 anos a concretizar-se. O Fantasporto junta-se à comemoração ededica uma das suas Retrospectivas ao cinema deste país. Nomes importantes como Istvan Szabo, Márta Meszáros e Miklos Jancsó, ou mais recentes, estrelas em ascensão, como Kornél Mundruzcó estão presentes com os seus melhores filmes.
Expressionismo Alemão.
Ao longo das suas vinte e cinco edições, o Fantasporto sempre dedicou aocinema alemão o lugar de destaque que esta cinematografia inegavelmentemerece pelos contributos inovadores que deu nestes cem primeiros anos docinema. Foi esse reconhecimento da "marca" alemã nos grandes momentos da história do cinema e nas grandes criações estéticas que revolucionaram a 7ªarte, que justificaram no Fantas importantes retrospectivas. Este ano, o Expressionimso Alemão tem um lugar de destaque? o Fantasporto 06 exibe filmes como "Metropolis" e "Dr Mabuse" de Fitz Lang, ou "Nosferatu" e "Fausto" de F. W. Murnau.
Irmãos Shaw
Sempre atento à cinematografia oriental, o Fantasporto investe agora nosmaiores produtores de cinema chinês ­ os Irmãos Shaw. O cinema chinês comemorou 100 anos em 2005. Os Irmãos Shaw são uma parte fulcral dahistóriadesta cinematografia. Os seus filmes, que vão desde as artes marciais ekungfu, à ópera Huangmei, passando pela comédia. O Festival Internacional de Cinema do Porto mostra algumas das mais conceituadas obras produzidas pelos Shaw numa Retrospectiva a ver atentamente no Rivoli ­ Teatro Municipal.
Bollywood e Love Connection.
Dois espaços emergem na programação do Fantas. Um deles é a Biblioteca Almeida Garrettt que recebe uma Retrospectiva do Cinema de Bombaim, maisconhecido por Bollywood ­ o espectáculo do cinema, da música, do bailado, dacor e da coreografia, em filmes que são uma experiência única do audiovisual, com o volúpia envolvente das sensações E sempre em versão "extra large" de tempo. Bem como, uma exposição do artista belga Manú Gomezna Galeria da Biblioteca. Artista- cineasta, no ano passado foi Júri de uma das Secções Competitivas do Fantasporto. Manuel Gomez nasceu a 14 de Março de 1956, em Mont-sur-Marchienne, na Bélgica. Já expôs em Paris, e em muitos outros locais de França e no Palácio da UNESCO em Beirute. Em 1981ganhou o prémio de pintura dos Ateliers "Grand Hornu", para os jovens pintores. Como escultor, Gomez gosta de "explorar dimensões e sensações" estranhas ediferentes. Outro desses espaços é o Cinema Passos Manuel. A pouca distância do Rivoli, recebe uma nova Secção no Fantas, a "Love Connection". O objectivo é, basicamente, dar resposta a um conjunto de filmes que cada vez mais nos são propostos, com novas perspectivas sobre o amor, dos mais estranhos prazeres, de novas sexualidades, paixões intempestivas, amores marginais, bizarras formas de viver o sexo, perversões mais ou menos explícitas ou de perdições absolutas.
Homenagem a Manoel de Oliveira
O Fantasporto 2006 homenageia o realizador portuense, Manoel deOliveira, um dos maiores embaixadores da língua portuguesa no estrangeiro e patrono da Semana dos Realizadores do Festival Internacional de Cinema do Porto desde 1991.O Fantasporto exibe "O Espelho Mágico" (2005), o mais recente filme de Manoel de Oliveira. O realizador volta a adaptar Agustina Bessa-Luís ("O Princípio da Incerteza", 2002). Uma mulher deseja ver a Virgem Maria para lhe fazer algumas perguntas.

Thursday, July 28, 2005

"9 Songs", Michael Winterbottom

Exercício de zapping entre National Geographic, Private e MTV2, "9 Songs" traduz o pior do cinema "indie" britânico. Depois do interessante "24 Hour Party People", Winterbotton recua na originalidade e apresenta um produto cansativo e pretensioso. "9 Canções" interrompidas por sexo e congeladas num iceberg com 69 minutos de banalidades. Black Rebel Morotcycle Club, The Von Bondies, Elbow, Primal Scream, The Dandy Warhols, Super Furry Animals, Franz Ferdinand, Michael Nyman são algumas das vítimas.

Monday, July 18, 2005

Crise no cinema: o verão de quase todos os descontentamentos

Actualmente Hollywood enfrenta a pior crise dos últimos 20 anos. Os aliens da "Guerra dos Mundos", "Batman" e o "Quarteto Fantástico" juntos não chegam para atrair mais público às salas de cinema. "Remakes" de qualidade duvidosa, aumento do preço dos bilhetes e ascensão do DVD são alguns amantes responsáveis por um divórcio que começa a preocupar a indústria. Se o séc. XX foi o da imagem cinematográfica, o XXI abre-se para outras paragens digitais. Na realidade, as salas de cinemas dos EUA e Canada estão cada vez mais vazias. As receitas de bilheteira em queda livre de 4,6 biliões de dólares para 4,2.
Parte do problema reside precisamente pobreza do filmes e na incapacidade da indústria renovar temáticas. Se o ano passado foi aborrecido, 2005 é para esquecer. As propostas vindas dos EUA são simplesmente previsíveis. Ir ao cinema deixou de ser uma aventura para se transformar num passeio pelo parque. Em 2004, o ano foi salvo pelo "Homem-Aranha 2" que arrecadou 180 milhões de dólares e em apenas seis dias; "A Paixão" de Mel Gibson que somou 370 milhões. Este ano seguem-se sequelas atrás de sequelas, adaptações da Marvel e o público já não quer saber de super-heróis, começando a perder a paciência e o interesse. Sobram comédias românticas e faltam ideias frescas, argumentos interessantes. Ir ao cinema é cada vez mais um exercício de previsibilidades. Os espectadores já não pedem para ser arrebatados, saindo das salas razoavelmente satisfeitos. O "ah não foi mau" substitui o "uau foi espectacular". Os cinemas europeus também não escapam à crise até por que 90 por cento dos filmes que exibem são "made in Hollywood". Na Alemanha as estatísticas apontam para uma queda de quase 20% na venda de bilhetes. Italia e França: 17%. Ao entrar no século XXI o cinema parece um entretenimento moribunda.

Wednesday, June 29, 2005

Noite Halloween do Porto com Moonspell



É a primeira dose da pré-temporada do Fantasporto 2006. Entre múltiplas promessas de Dorminsky, para já, concerto em noite de Halloween (31 de Outubro - 1 de Novembro), no Teatro Sá da Bandeira, com portugueses Moonspell, que passaram ainda este ano pelos Coliseu com Cradle of Filth, e os italianos Daemonia, de regresso ao local do crime, para destilar rock progressivo com Dario Argento em "background". Fantas "marketing" episódio 1 em pleno movimento. Espera-se um 2006 com mais conteúdo e renovadas propostas cinematográficas. "Love Connection" nova secção a inaugurar já na próxima edição em Fevereiro promete espaço para dramas sentimentais e algum erotismo asiático. Para além das novidades e muitos experimentalismos, alguns corajosos, diga-se, espera-se, sobretudo, consistência no grande ecrã. "Fantas Sound" diluído com mulheres húngaras à porta do Passos Manuel. Em 2006 tudo ou quase tudo pode acontecer na Fantas City.

Thursday, June 23, 2005

Batman Begins


Como transformar um "American Psycho" em "Batman", Christopher Nolan parece ter a solução. Na realidade o miúdo fez meio mundo chorar n´"O Império do Sol", de Spielberg, está bem crescido, já tem idade e barba rija para vestir a capa do super-herói de Gotham. Christian Bale ganhou asas e conquistou público e crítica norte-americanas, que já classificou o episódio, que estreia hoje em Portugal, como o melhor de toda a série. Quem pensava que Batman estava morto, enganou-se. O londrio Nolan ("Memento" e "Insónia" ) e 130 milhões de dólares são os principais culpados, e provam que o Homem-Morcego ainda tem asas para voar e (re)conquistar a cultura pop, pelo menos no verão 2005. As críticas do alguns jornalistas referência, como Kyle Smith do New York Post, dão nota máxima a "Batman Begins". Ver para crer. Provavelmente, fico em casa com "Os Idiotas", de Trier. São óptima companhia. Tenho medo das alturas e identifico-me mais com a idiotice fingida do que com realidade dos super-heróis de capa ao vento.

Thursday, June 09, 2005

"Sin City" ou como fabricar um "blockbuster" sem sair de casa

Posted by Hello

É uma das estreias da semana. Volvidos pouco mais de dois meses sobre a "premier" em Hollywood, "Sin City" já arrecadou nos EUA mais de 73 milhões de dólares, preparando-se em breve para duplicar o investimento inicial de 40 milhões. Mas para além dos números, "Sin City", a mais recente extravagância audiovisual de Robert Rodriguez, triunfa por vários elementos de interesse que podem gerar uma nova vaga de realizadores e abalar parcialmente os estúdios de LA. Volvida mais de uma década sobre "Mariachi" para o qual Rodriguez teve de trabalhar como cobaia em laboratórios farmacêuticos, juntando os modestos sete mil dólares para a produção rodada em apenas de 20 dias, algures numa vila na fronteira com México, o realizador do "Aberto Até de Madrugada", conhecido como "do-it-yourself" e pela amizade com Tarantino, conquistou uma independência e vários milhares de dólares com "Spy Kids". Para produzir O primeiro dos três episódios "Sin City", Rodriguez só teve de juntar o mago da Marvel Frank Miller, 40 milhões de dólares e fechar-se na sua mansão em Austin, Texas. Virando as costas aos estúdios de Hollywood, "Sin City" foi rodado na garagem naturalmente azul e em formato digital com as estrelas a habitarem conforme a disponibilidade e set caseiro de Rodriguez. Pré-montagens dirigida por Miller, sucessso garantido nas bilheteiras pela presença de Bruce Willis e aplauso da crítica pela estética "noir" do Miller menos "mainstream". A proposta triunfa em duplo sentido, mostrando aos estúdios de Hollywood que, tal como as grande editoras, a tecnologia e a arte não jogam a seu favor.

Thursday, June 02, 2005

Fim-de-semana em grande no Porto

Depois da abertura do FITEI versão 2005, no TNSJ, que contou com as presenças de Mário Dorminsky/Beatriz Pacheco Pereira, Regina Guimarães/Seguenail, Isabel Alves Costa, José Cruz dos Santos, Jaime Azinheira, João Luís entre outros, o próximo fim-de-semana no Porto promete ser de grande actividade a nível cultural. Para além do FITEI, Serralves promete 40 horas de festa e o Festival da Fábrica, de Alberto Magno, apresenta alguns dos melhores movimentos de dança contemporânea da actualidade. Entretanto a Feira do Livro continua a promover o prazer da leitura no Pavilhão Rosa Mota. Junho não poderia ter começado da melhor maneira. Motivos não faltam para desligar a televisão e sair de casa para saborear algumas das propostas em cartaz para este fim-de-semana no Porto.

Friday, May 13, 2005

"Espelho Mágico" de Manoel de Oliveira

Terminaram ontem no Porto as filmagens com actores do mais recente trabalho cinematográfico de Manoel de Oliveira. Tive a oportunidade de apanhar as últimas rodagens em território nacional, conversar com o realizador e com alguns elementos do elenco e equipe técnica. "Espelho Mágico" é a adaptação de "A Alma dos Ricos", segundo capítulo da triologia de Agustina Bessa-Luís iniciada com "O Princípio da Incerteza". Tratado dentro e fora do plateau como o Mestre, Oliveira filma como um artesão. A trabalhar pela primeira vez com Manuel Cadilhe, da Filbox, que assim sucede a Paulo Branco, com quem Oliveira colaborou desde "Francisca" (1981) a "O Quinto Império: Ontem como Hoje" (2004), o decano dos realizadores portugueses revela-se mais activo que nunca, confessando-se a correr contra o tempo. Obedecendo e reinterpretando a obra original, Oliveira recupera o essencial da narrativa de "Alma dos Ricos". Já com José Luciano fora da prisão, a filme gira em torno do desejo da abastada Alfreda em experienciar uma aparição da Virgem Maria. O ex-recluso, filho da governanta da casa terá de entrar em contacto com toda extensão e profundidade dos delírios, vícios e desesperos que habitam a alma dos ricos. Ricardo Trepa (neto do realizador), Leonor Baldaque, Leonor Silveira, Isabel Ruth formalizam parte do elenco. Estreia mundial está agendada para Setembro no Festival de Veneza. O público português terá a oportunidade de ver os primeiros reflexos do "Espelho Márgico" em Outubro/Novembro, via Lusomundo. Cinema de qualidade internacional feito em Portugal com 1.7 milhões de euros. Nos EUA, "Constantine" custou 350 milhões e daqui a dois anos já ninguém se lembra do título. A obra de Oliveira, essa fica bem para além do imediato e dos sucessos de bilheteira. Há quem adormeça a ver "Vale Abraão", mas há quem adormeça a fazer amor.

Wednesday, May 11, 2005

Cannes 05 versão "deluxe"

"Manderlay", Lars Von Trier Posted by Hello


Após um 2004 francamente pobre, o maior festival de cinema do mundo abre hoje as portas com uma colheita de luxo. A competirem pela Palma de Ouro estão na pole position pesos pesados, vencedores de outras edições, como Gus Van Sant (Last Days), Lars Von Trier (Manderlay), David Cronenberg (A History of Violence) ou Wim Wenders (Don´t Come Knocking). O presidente do júri é outro winner Emir Kusturica. O certame termina dia 22.

O alívio de Ivo Ferreira

Final feliz para um história que poderia ter consequências mais do que dramáticas. Ivo Ferreira foi libertado ontem da prisão no Dubai. Logo que soube da libertação fiquei sinceramente aliviado. Na mente tinha desde que soube da prisão, imagens da película "Expresso da Meia-Noite", de Alan Parker. Fiquei contente com a libertação do realizador, com quem já tinha conversado à distância sobre cinema e outras paisagnes audiovisuais. Entretanto, hoje no Jornal da 1, Espantei-me com a pergunta "em directo" do jornalista da RTP, a interromper uma conferência de imprensa (note-se a delicadeza dos profissionais da televisão perante os restantes colegas de profissão) para perguntar ao jovem realizador e ao pai, "como é que se sentem". Fez-me lembrar as reportagens de futebol no final de qualquer partida, quando dos jornalistas e aproximarem-se do jogador que marcou o golo e a perguntarem como é que se sentem. Efeito do entretenimento BB ao serviço da informação. É o triunfo do sentimento, da emoção, no audioviusal de serviço público. Dizia-me um colega que uma lágrima bem escorregadia vale muito mais do que uma ideia consistente.

Monday, May 09, 2005

"The Last Days", de Gus Van Sant

Posted by Hello


Uma das estreias desta semana no Festival de Cannes. Filme que aguardo com enorme expectativa, pois para além de ser um admirador das atmosferas "grunge" e do respectivo legado cultural e simbólico dos Nirvana, considero "Elephant" uma obra-prima. Com o crescente anti-americanismo europeu, nunca é demais relembrar que EUA são muito mais do que Bush, têm uma desconcertante e criativa área semi/independente de produção artística e cultural. Espero que a película chegue a Portugal ainda este verão.

Posted by Hello


Load up on guns and bring your friends
It's fun to lose and to pretend
She's over bored and self assured
Oh no, I know a dirty word


Nirvana.Smells Like Teen Spirit.Nevermind

Thursday, April 28, 2005

Sugestão de cinema: "Cantando Por Detrás das Cortinas"

Posted by Hello


Estreia da semana, "Cantando Por Detrás das Cortinas" é um filme que não deve passar desapercebido a quem realmente gosta de cinema. Volvidos quase dois anos sobre a sua estreia mundial, felizmente o excelente trabalho de realização do veterano italiano Ermanno Olmi conseguiu encontrar um espaço de exibição no mercado português. Digo felizmente pois trata-se de uma proposta superlativa no contexto dos produtos cinematográficos que semanalmente nos são impostos e que, cada vez mais, se pautam pela mediocridade.
Para além de um encantantório trabalho de fotografia e de uma direcção de actores irreprensível, "Cantando Por Detrás das Cortinas" consegue unir de forma poética o universo dos contos orientais, da oralidade, com uma gramática da imagem plena de sensualidade e encantamento. Inteligência e sensibilidade numa história de encantar e elevar o espírito como há muito não se conseguia no cinema. Depois de "Pelo Mar Adentro", este é um dos filmes que contém uma qualidade técnica muito para além do normal e que importa conhecer. A narrativa gira em torno de uma corsária viúva e abre uma janela de reflexão sobre a nobreza de espírito e elevação moral num contexto esteticamente barroco e socialmente marginal. Um filme a não perder.

Tuesday, March 15, 2005

A filosofia de Tino Navarro


"Um Tiro no Escuro", filme de Leonel Vieira Posted by Hello

É já na próxima quinta-feira que estreia em Portugal a mais recente produção de Tino Navarro, "Um Tiro No Escuro". Não posso comentar a qualidade da proposta realizada pelo seguríssimo Leonel Vieira, pois ainda não tive a oportunidade de assisitir à antestreia. No entanto, na semana do Fantasporto, travei-me de razões com Tino Navarro, uma das figuras em homenagem na versão 05 do certame, e foi uma das pessoas que sinceramente mais gostei de conhecer. Para além da clareza de pensamento, agradou-me sobretudo a humildade e a forma profissional e humana como comanda suas produções e gere os egos de realizadores e actores. Sem nunca perder de vista as temáticas sociais, Navarro, que nasceu em Vila Flor, conhece e não esquece, o que ainda é mais raro, o Portugal profundo. Através de propostas cinematográficas indubitavelmente comerciais tenta, e não raras vezes consegue, comunicar com as massas, dizer o que pensa, sente e sonha. Das temáticas da droga, em "Tentação", às utopias de Cunhal, na excelente mini-série "Até Amanhã Camaradas", Navarro preocupa-se com o concreto. Recordo que a propósito da "Tentação", o produtor confessou que sentiu necessidade de abordar a temática da toxicodependência a partir de uma notícia que leu, na qual uma mãe, já idosa, habitante de uma aldeia do Portugal rural, foi entregar-se a uma esquadra da GNR. A história que a senhora contou às autoridades foi desconcertante. A velhota tinha um único filho que era tóxicodependente. Perante a incapacidade de o curar e ao conviver diariamente com a espiral de autodestruição e sofrimento do filho, acabou por pegar numa caçadeira e assassinar o próprio filho enquanto este dormia, na cama de sua casa.
No meio cinematográfico, Navarro tem fama de ditador, mas é no respeito pelo esforço e na responsabilidade social e humana que nasce uma exigência com a qual Portugal infelizmente ainda não se habituou a conviver. Apesar de sinceramente não me atrair grande parte das suas propostas, aplaudo a capacidade, o talento e a urgência de também em Portugal haver quem seja capaz de produzir cinema para todos, sem estar constantemente a queixar-se e a mendigar subsídios para depois fazer cinema para o umbigo. Necessitamos de ter uma indústria cinematográfica autosuficiente. O público português precisa de se reconciliar com o seu cinema. A àrea comercial, mais do que qualquer outra, tem uma palavra a dizer neste contexto. Gosto de Oliveira, adoro Canijo, admiro Rocha, mas duas ou três andorinhas não fazem uma Primavera, que necessita de flores, cores e aromas para todos os gostos.

Sunday, March 13, 2005

corpo/máquina/identidade

Filmes como Matrix ou eXistenZ que têm como tema central a questão de corpo/máquina fazem-nos reflectir sobre a velha ambição humana de recriar a máquina à sua semelhança.
As novas tecnologias reformulam a noção de corpo, matéria, espaço e tempo. Uma nova dimensão do que é o corpo e do que é a realidade pode ser vivida cada vez que olhamos à nossa volta e experienciamos as novas tecnologias. No ciberespaço, espaço não-linear, podemos criar novas identidades, eliminando conceitos como o de género, por exemplo (nos chats, cada um pode construir-se, adoptando o tipo de personalidade que desejar, o sexo que preferir, em suma inventando e vivendo uma identidade). Assim, e por essa mesma razão, a definição de corpo passa a ser desnecessária, importando apenas a identidade criada através da máquina (no caso o computador pessoal ligado ao super-computador que o conecta aos outros através das hiper-redes). O corpo e a máquina integram-se em simbiose no espaço virtual da internet. Até que ponto é que a ser que conhecemos no chat é real? Será mais real o ser com um corpo com quem falamos no dia-a-dia? Do mesmo modo, impõe-se a questão da identidade de um corpo ligado a uma máquina hospitalar. Retirados os tubos, os ventiladores, soros, alimentação artificial que se interlaçam unidos ao computador, o ser humano morre. Então, nessa simbiose corpo/máquina, onde está a identidade? Marvin Minsky, do Massachussets Institute of Technology, diz claramente: "a próxima geração de computadores será tão inteligente que teremos sorte se eles nos permitirem manter-nos em casa como animais domésticos. Se desejamos assim tanto criar máquinas que facilitem a nossa existência, perpetuando a nossa ancestral vertente egoísta e preguiçosa, é muito importante, urgente até, diria eu, responder às velhas questões ontológicas de "quem somos, de donde viemos, para onde vamos". Onde está a individualidade e a consciência? Onde é que reside a vida? No corpo ou na máquina? A minha resposta é que a vida não está nem no corpo nem na máquina, mas é algo de transcendente. O ser humano tem essa transcendência que lhe está limitada pelo corpo. Essa consciência ou identidade tem a livre opção de partir, pois existe num outro espaço que não se deixa controlar por nenhuma máquina. É um espaço de liberdade e de felicidade. Mas poucas pessoas se preocupam com uma reflexão sincera e metodológica sobre esse espaço, sobre essa transcendência...

Sunday, March 06, 2005

Gala de encerramento da 25ª edição do Fantasporto


"Old Boy" Posted by Hello

A 25ª edição do Fantasporto encerrou ontem à noite, no Grande Auditório do Rivoli, no Porto, com uma intensa chuva de estrelas que juntou algumas figuras relevantes da história do cinema fantástico, como John Hurt e Doug Bradley, as quais tive o privilégio de conversar, Karen Black, Guilhermo del Toro, passando pelo grande vencedor da noite o jovem Vincenzo Natali foram outras das presenças a ter em atenção. Sem grandes surpresas, mas com muita justiça e algum bom gosto, "Nothing", de Natali, que depois de "O Cubo" e "Cypher" soma o terceiro galardão no Fantas, e "Old Boy", do sul-coreano Chan-Wook Park, venceram os prémios para melhor filme nas categorias de Fantástico e Semana dos Realizadores, respectivamente. Mais do que assistir a cerimónia, que este ano foi registada pela RTP, tive o privilégio, a convite da organização do Fantas, de entregar o Prémio da Crítica ao alemão Ayassi por "Vinzent".
Depois de uma intensa semana de trabalho, fico com memórias interessante. Desde logo as entrevistas a Doug "pinhead" Bradley, John Hurt e Tino Narravo, e uma série de filmes recomendáveis, entre os quais destaco, na área mais comercial, "Saw" e "Constantine". O primeiro para os fãs do "Seven", sem o talento de Fincher, mas com um argumento inteligente, e o segundo, pela abordagem, sobretudo, estética, ligado às atmosféras da banda desenhada para adultos da DC Comics, da qual nutro as propostas "Sandman", de Neil Gaiman e Dave Dave Mckean, que considero francamente mais consistentes. Numa vertente mais de autor, a grande recomendação vai para "Old Boy", o justo vencedor do Fantas. Filme imperdível pela inteligência e originalidade do argumento, pelas referências subtis e equilibradas à cultura do vídeo-game, com mensagens "animé" quase subliminares pelo meio, por um trabalho de fotografia e gestão narrativa absolutamente invulgar.
Notas negativas, para a grande maioria do cinema espanhol, que este ano, com a ligeira excepção de "Hypnos", perdeu muita da qualidade apresentada em anos anteriores e para a falta de acompanhamento e inteligência dos meios de comunicação social. Com personalidades tão interessante da sétima arte em Portugal, o futebol do pontapé na canela e a política de fim-de-semana continuam, infelizmente, a ter mais relevância mediática, sobretudo, na televisão. Apesar da RTP ter registado, pela primeira vez a gala de encerramento, vendo-se assim forçada a cumprir a promessa de duplicação de verbas do Morais Sarmento, a ressaca nos noticiários do dia seguinte ficou num nível inferior aos concertos do Toni Carrera nos coliseus. As vezes, viver em Portugal é estar condenado a um terceiro-mundismo entre o deprimente e o boçal. Até quanto?

Friday, March 04, 2005

À conversa com Doug Bradley


Doug Bradley no papel de Pinhead da saga "Hellraiser" Posted by Hello

Uma das figuras tutelares do cinema de horror no final dos anos 80, o britânico Doug Bradley encontra-se no Porto a convite do Fantas. Tive a oportunidade de realizar uma breve entrevista com o reconhecido "Pinhead" da saga "Hellraiser" no Hotel Infante Sagres. Entre vários temas, conversámos sobre a ascensão da máquina Hollywood dos sustos para a adolescentes e a forma como a indústria norte-americana do espectáculo tem aniquilado toda e qualquer proposta séria numa área tendenciamente tão criativa como a do horror. Actualmente a própria série "Hellraiser" encontra lançamento directo para vídeo, ou melhor DVD. Uma realidade que tem os dias contados, pois Clive Baker, criador da série que já conta com pelos menos sete títulos, encontra-se a escrever o episódio final da saga, que inclui a morte, ou melhor, o desaparecimento, de Pinhead.
Bradley revelou-se uma figura serena com um humor particulamente interessante. Fã dos Coolplay e Beatles, apesar das colaborações com os Cradle of Filth; admirador do personagem Hannibal Lecther e estudioso do fenómeno das máscaras na sua transposição do teatro para o cinema de terror. Um rosto que faz parte da galeria de horrores da sétima arte. Gentil, é um dos casos em que o personagem acaba por aniquilar o actor. Pela segunda vez no Porto, Bradley passou a manhã a visitar igrejas. Amanhã à noite será uma das figuras em destaque na gala dos 25 anos do Fantasporto do Rivoli. A RTP fará o favor de cumprir a promessa dos 150 mil euros de Morais Sarmento e registará a cerimónia.

Monday, February 28, 2005

Fantasporto: "The Doll Master", de Young-ki Jeong


"The Doll Master" Posted by Hello

Na última década, a cinematografia asiática tem produzido alguns dos mais interessantes e criativos títulos da área do Fantástico. A palma de ouro conquistada por "Old Boy" no mais recente Festival de Cannes não surge por mero acaso e não surpreende que tem assistido a algumas das mais arrojadas propostas do Fantasporto nos últimos quatro ou cinco anos. Na presente edição, comemorativa dos 25 anos, os momentos mais intensos têm vindo do Oriente via expresso. Para além de "One Missed Call", do realizador do culto, Takashi Miike, autor entre outras obras do filme sensação de 2003, "Audition", e do não menos desconcertante "Vital", de Shinya Tsukamoto, que depois dos "Tetsuo", dirigiu o deslumbrante "Snake of June", o destaque do dia vai para a primeira obra de "Young-ki Jeong, "The Doll Master", em antestreia logo à noite.
Para além da criatividade dos argumentos, marcados por um invulgar requinte de horror e sadismo, o cinema asiático revela-se, tal como o de autor, por um cuidado estético notável, entre texturas "animé" do extravagante "Ichi, the Killer", a propostas "hi-tec" e paisagens evocativas do deslumbrante natural, de "Natural City", existe uma austeridade espiritual ou uma claustrofobia urbana que conferem aos filmes asiáticos uma originalidade e um deslumbre absolutamente singulares e que importa conhecer. O Fantas'05 têm sido uma janela virada para Oriente, revelando títulos francamente interessante e que já souberam construir em seu redor um culto intenso e um grupo cada vez mais significativo de adeptos, que encontra na Ásia uma organicidade e autênticidade profunda, não compatível com a formatização das propostas EUA, sempre condicionadas pela ditadura do M/12 e pela obrigatoriadade, de não chocar o auditório, de agradar nas bilheterias aos públicos adolescente e jovem. Para quem gosta de suspence, horror e fantástico é do Oriente que vem a novidade. Para esta noite fica a sugestão, conhecer "The Doll Master", a partir das 23h15, no Grande Auditório do Rivoli, no Porto. Bons sustos e bom cinema.

Saturday, February 26, 2005

Fantasporto: "Old Boy", de Chan-wook Park


"Old Boy" Posted by Hello

É a confirmação do excelente momento do cinema asiático na área do fantástico. Depois de conquistar o Grande Prémio do Juri em Cannes, "Old Boy" conheceu ontem à noite a estreia nacional na abertura da secção competitiva do Fantasporto reservada à Semana do Realizadores. Num Grande Auditório completamente esgotado, o público teve a oportunidade de se deixar deslumbrar com a imaginação do Chan-woon Park. O argumento gira em torno de uma desconcertante e maquiavélica história de vingança de dois colegas de liceu. Influenciada pela estética dos vídeo-jogos e pelo traço da Manga, com alguns requistes de crueldade à mistura, "Old Boy" triunfa, sobretudo, pela originalidade do argumento e por uma irrepreensível direcção de actores e trabalho de câmara.
Ainda ontem à noite, novamente num auditório esgotado, fica o aviso para os cinéfilos que gostam de chegar em cima da hora, nota final para outra estreia que promete tornar-se num filme de culto e repetir na Europa o sucesso de bilheteira dos EUA. "Saw", escrito e dirigido por James Was, abriu a secção do Cinema Fantástico e surpreendeu o público, sobretudo, pela criatividade da história. Desde "Seven" que os adeptos do "thriller" não eram confrontados com um serial-killer com tamanha inteligência e sublime crueldade. Um filme obrigatório para os amantes do género, arrisca-se a ser um clássico. Apesar de ter alguns pontos fracos, sobretudo na gestão da narrativa do segundo terço do filme, "Saw" oferece um final desconcertante e criativo, abrindo caminho para uma sequela que aliás já está a ser produzida em Hollywood. Uma obra em breve atingirá as salas dos cinemas mais comerciais, onde certamente causará uma onda de emoções fortes há muito negligenciada pela ditaduta do M/12. Filme não perder. Darei mais alguns pormenores na data de estreia no circuito comercial, para já fica o aviso a navegação.
Para logo à noite, o destaque centra-se no trabalho visualmente encantatório de "Natural City", de Byung-chum Min, uma história de amor em ambiente "Blade Runner" que pode fazer estragos no Fantas, e naturalmente para a estreia em Portugal do filme vencedor de Sundance, "Primer", uma das propostas mais inteligentes do ano. Ambas para descobrir hoje a partir das 21h00, no Rivoli do Porto. Bons filmes.