A Prisioneira de Lhasa
A Prisioneira de Lhasa livro de Daniel Laeng e Philippe Broussard
“Ao cabo da primeira semana, a pequena foi submetida a, pelo menos, três interrogatórios diários. Os seus onze anos eram indiferentes; bem pelo contrário, os guardas pretendiam humilhá-la, marcá-la para a vida, precisamente porque ela era jovem, ainda «recuperável», pelo menos em teoria. Como explicar de outra forma o seu furor? Espancada com latas de conserva, desancada com a ajuda de bastões eléctricos...”(p.94)
Philippe Broussard (jornalista no “Le Monde”) e Danielle Laeng (representante do Comité de Apoio ao Povo Tibetano) uniram esforços na elaboração da biografia de Ngawang Sangdrol, símbolo de resistência no Tibete.
Numa época em que Portugal vive um auge de compaixão pelo povo asiático, penso ser muito relevante a leitura deste livro como forma de consciencialização para outros sofrimentos, não mais pequenos, vivenciados nesse mesmo continente. Anexado pela China há mais de quarenta anos, o Tibete continua a ser vítima de uma política de anexação centrada sobretudo na força de um poder e autoritarismo tolerados pelo mundo ocidental que prefere a não interferência na política interna de uma grande potência económica. Refugiados no norte da Índia, a maior parte de comunidade tibetana luta, no exílio, pela sobrevivência da sua cultura que tem como traço principal o pacifismo e como base religiosa a compaixão por todos os seres. A Prisioneira de Lhasa relata a vida de uma monja budista feita prisioneira pelas autoridades chinesas por defender os direitos de um povo ameaçado de extinção: o povo tibetano.
“Ao cabo da primeira semana, a pequena foi submetida a, pelo menos, três interrogatórios diários. Os seus onze anos eram indiferentes; bem pelo contrário, os guardas pretendiam humilhá-la, marcá-la para a vida, precisamente porque ela era jovem, ainda «recuperável», pelo menos em teoria. Como explicar de outra forma o seu furor? Espancada com latas de conserva, desancada com a ajuda de bastões eléctricos...”(p.94)
Philippe Broussard (jornalista no “Le Monde”) e Danielle Laeng (representante do Comité de Apoio ao Povo Tibetano) uniram esforços na elaboração da biografia de Ngawang Sangdrol, símbolo de resistência no Tibete.
Numa época em que Portugal vive um auge de compaixão pelo povo asiático, penso ser muito relevante a leitura deste livro como forma de consciencialização para outros sofrimentos, não mais pequenos, vivenciados nesse mesmo continente. Anexado pela China há mais de quarenta anos, o Tibete continua a ser vítima de uma política de anexação centrada sobretudo na força de um poder e autoritarismo tolerados pelo mundo ocidental que prefere a não interferência na política interna de uma grande potência económica. Refugiados no norte da Índia, a maior parte de comunidade tibetana luta, no exílio, pela sobrevivência da sua cultura que tem como traço principal o pacifismo e como base religiosa a compaixão por todos os seres. A Prisioneira de Lhasa relata a vida de uma monja budista feita prisioneira pelas autoridades chinesas por defender os direitos de um povo ameaçado de extinção: o povo tibetano.
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