Thursday, November 16, 2006

Revista de Imprensa: "Cultura com mais peso na economia europeia do que sector automóvel"

Provavelmente a manchete que o "Jornal de Notícias" queria ter. O "Público" de hoje abre a sua primeira página com uma matéria bastante interessante, tendo em conta os meus posts anteriores, como por exemplo o mais recente "Subsídio(in)dependências", relativamente às políticas culturais do economista e presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Rio. O estudo da União Europeia, abaixo citado pela jornalista Joana Gorjão Henriques, serve de ilustração aos argumentos por mim avançados sobre a polémica dos subsídios. O grande erro do autarca social-democrata não é tanto o ceder ao populismo do agradar aos eleitores que o elegeram, tal como o próprio, pobres em hábitos culturais, essa é uma opção política válida em democracia, aliás os resultados eleitorais assim o demonstram. Não é obra do acaso a reeleição de Rio. A grande incoerência do autarca é a de não se assumir como um político populista e esconder-se por detrás de uma falsa moralidade e rigor orçamental para justificar um desinvestimento brutal na cultura. Uma medida que nem política nem economicamente se revela acertada. Mais do que qualquer outro sector, o Porto é uma cidade com um enorme potêncial em termos de turismo cultural. Museu de Serralves e a Casa da Música são dois pilares de uma capitalidade cultural ainda por edificar.

É a cultura, estúpido!
Por Joana Gorjão Henriques / Público
"Um estudo da União Europeia mostra que a cultura contribui mais para a economia dos 25 do que os automóveis. Por isso deve passar a ser uma prioridade. Exemplos como o Guggenheim de Bilbau, que "salvou a cidade", atestam o poder de um sector que tem sido ignorado por os governantes acharem que é um custo, em vez de um investimento. Em Portugal, é o terceiro principal contribuinte para o PIB, a seguir aos produtos alimentares e bebidas".

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