As birras da ministra e as tácticas "ocultas" de Rio
Ontem o Porto assistiu a mais uma revelação das lamentáveis tácticas políticas de Rio. À espera da ministra da Cultura, que decidiu participar, a título particular, na mais do que merecida homenagem a esse vulto do pensamento português do séc. XX, Óscar Lopes, estavam na entrada do palácio de cristal, dois cartazes que pediam à ministra para acabar com a birra e deixar contruir o buraco de Ceuta. Pelo tamanho e proximidade com os panéis da Feira do Livro do Porto, prontamente o vice.presidente da APEL, Jorge Araújo, se encarregou de pedir desculpas à ministra, demarcando-se das mensagens, afirmando mesmo que entrou em contacto com os responsável pelo Palácio, pedindo para que retirassem os cartazes, ao que estes responderam que tinham autorização da Câmara Municipal do Porto. Estamos perante a táctica que surpreende pela infantilidade e cobardia. Sem qualquer movimento popular que suporte a colocação de tais mensagens, ter um autarca a usar o equipamento municipal e um evento literário para enviar mensagens aos governanentes e fazer campanha eleitoral pela negativa roça o caricático e releva uma falta de estatura política sem precedentes. Naturalmente será escusado dizer que nenhum representante da CMP se dignou assumir a autoria dos cartazes e comparece à homenagem de um homem do Porto que se afirma como um dos maiores vultos do ensaísmo, crítica literária, linguística e pensamento contemporânea. A cultura autarquica fica-se pelo insulto anónimo e pelas festas das rádios pimpa da cidade.
No comments:
Post a Comment